Nicolly Bueno

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quarta-feira, 1 de março de 2017

Maria Angela D´ Incao comemora aniversário hoje


Quando li a frase de Clarice Lispector "Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consume muito", lembrei-me logo de Maria Ângela D´Incao, professora universitária, socióloga e dona de um currículo imenso que dispensa qualquer elogio. Creio que tenha sido uma mulher que viveu a vida produzindo conhecimento, estudando e ensinando o que aprendeu, seja nas universidades públicas brasileiras, como também em Oxford, onde estudou cerca de cinco anos.
As "letras" e os "livros" me apresentaram Maria Ângela, quando lançou sua editora Letras à Margem, na Livraria do Rubinho. Eu era aprendiz de redação de jornal e lá fui entrevistá-la. Minha timidez era bem visível, tinha apenas 19 anos e mal sabia o que perguntar. Este ano completará 15 anos que a conheci e ela continua do mesmo jeito de sempre, com um sorriso largo, uma risada de dar inveja e um olhar tão fascinante que ora nos dá medo e ora nos da inspiração. Sempre foi muito direta e objetiva. Não faz rodeios quando quer fazer alguma crítica seja lá qual for o governo. Ela ama Presidente Venceslau com o mesmo carinho com que ama todos os lugares por onde viveu durante sua trajetória como socióloga e professora universitária.
Parabéns Maria Ângela pelo seu dia e para encerrar não poderia faltar Simone de Beauvoir sobre o futuro: ""(...) Eu não ignoro as ameaças que o futuro encerra, como também não ignoro que é o meu passado que define a minha abertura para o futuro. O meu passado é a referência que me projeta e que eu devo ultrapassar. Portanto, ao meu passado eu devo o meu saber e a minha ignorância, as minhas necessidades, as minhas relações, a minha cultura e o meu corpo. Que espaço o meu passado deixa para a minha liberdade hoje? Não sou escrava dele. O que eu sempre quis foi comunicar da maneira mais direta o sabor da minha vida. Unicamente, o sabor da minha vida. Acho que eu consegui fazê-lo. Vivi num mundo de homens guardando em mim o melhor da minha feminilidade. Não desejei nem desejo nada mais do que viver sem tempos mortos.”
Simone de Beauvoir

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