Nicolly Bueno

Nicolly Bueno
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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

YOU’RE STILL THE ONE: "Você ainda é o único"




Você ainda é o único

Quando eu te vi pela primeira vez
Eu vi o amor
E na primeira vez que você me tocou
Eu senti o amor
E depois desse tempo todo
Você ainda é aquele que eu amo

Parece que nós conseguimos
Olhe como chegamos longe, meu querido
Nós devemos ter seguido o caminho longo
Nós sabíamos que chegaríamos lá algum dia

Eles diziam, "Eu aposto que eles nunca conseguirão"
Mas somente olhe para nós aqui
Nós ainda estamos juntos e forte

(Você ainda é o único)
Você ainda é aquele para quem eu corro
Aquele a quem eu pertenço
Você é aquele que eu quero na vida
(Você ainda é o único)
Você ainda é aquele que eu amo
Aquele com quem eu sonho
Você ainda é aquele que eu dou um beijo de boa noite

Não existe nada melhor
Nós derrotamos o improvável juntos
Eu estou feliz por não termos escutado
Olhe para o que nós poderíamos estar perdendo

Eles diziam, "Eu aposto que eles nunca conseguirão"
Mas somente olhe para nós aqui
Nós ainda estamos juntos e forte

(Você ainda é o único)
Você ainda é aquele para quem eu corro
Aquele a quem eu pertenço
Você é aquele que eu quero na vida
(Você ainda é o único)
Você ainda é aquele que eu amo
Aquele com quem eu sonho
Você ainda é aquele que eu dou um beijo de boa noite

(Você ainda é o único)
Você ainda é aquele para quem eu corro
Aquele a quem eu pertenço
Você é aquele que eu quero na vida
(Você ainda é o único)
Você ainda é aquele que eu amo
Aquele com quem eu sonho
Você ainda é aquele que eu dou um beijo de boa noite

Eu estou feliz por nós termos conseguido
Olhe como chegamos longe, meu querido



sábado, 18 de fevereiro de 2017

SÚPLICA: poesia premiada no X CLIPP

SÚPLICA - Nicolly Bueno




Guiada pela dor silenciosa que emergia
Ungida pela fé desse amor que só doía.
Insisti provar-te que minha vida não seguia
Longe do olhar sincero que eu tanto queria.

Hoje, sou apenas uma alma desalmada
E vivo a melancolia dos meus dias findos.
Rogo a Deus misericórdia pela fé já fracassada
Morro lentamente com meus sonhos tão feridos.

E louvando a ti amor, peço-te perdão agora
Como o pássaro que sozinho o seu canto chora
Ontem a saudade deixou-me tão carente
Levou-te, o destino, para longe, infelizmente!

Antes foste meu alento, o bálsamo que batiza
Mas sinto que a vida sem teu amor só agoniza
Agradeço-te pelo afeto, sentimento tão fraterno
Rezo, pois, para que o descaso não seja eterno.

Todavia, eis que renasço dos meus versos e vou além...
Inspirando-me a cada lágrima, ser mais forte que o desdém.
Não desisto do amor, da esperança e da ternura
Sou a que a vida fez amarga, mas repleta de doçura.


Poesia premiada no X Concurso Literário de Presidente Prudente

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Clarice Lispector


Resenha literária do romance LILA

 Por Nicolly Bueno

     Escritora e poetisa já por demais conhecida em nosso meio literário, Arlinda Garcia de Oliveira Marques traz, agora, para o nosso deleite, um novo livro, desta feita, um romance chamado Lila, no qual a autora se movimenta com maestria e nos impressiona pela capacidade surreal de dar vida às suas personagens.
     É uma leitura que nos prende do começo ao fim, nos incita a querer sempre mais, à medida que a narrativa evolui incrementada com o toque poético de Arlinda e de seu amor incondicional pelo próximo, pela sociedade, pelas surpresas que a vida nos proporciona.
     Aliás, a narrativa de Lila e a história de Arlinda se fundem e se confundem, redimensionando, desse modo, a significação da sua produção literária. O entrelaçamento literário da personagem Lila e de sua autora nos faz acreditar em um mundo melhor e mais humano, tal como Arlinda sempre sonhou e lutou.
     Para mim, editar o primeiro romance de Arlinda Garcia é mais do que um orgulho: é uma honra. Sinto-me lisonjeada com a tarefa que me fora confiada, apesar das dificuldades, da insegurança inicial e dos desafios que naturalmente foram surgindo.
     Com o livro em mãos, lembrei-me de uma citação muito conhecida de Nietzsche que diz “nada é tão nosso quanto os nossos sonhos”. Arlinda sonhou e ainda sonha. Mais que isso, com sua paciência e persistência, realiza todos os seus sonhos, sem perder sua simplicidade e sua grandeza de alma. 
     Lila possui uma originalidade poética identificada a cada capítulo, encerrando a obra com aquela sensação de dever cumprido. Trata-se, pois, de um romance escrito há trinta anos, que coloca em evidência o modelo familiar tradicional, baseado nos bons costumes, na boa conduta humana de se viver e de se relacionar. Lila nos ensina, sutilmente, a importância de se lutar por nossos sonhos, de conquistar nosso espaço com honestidade e de vencer com competência e dignidade. O romance nos mostra como é possível conviver em sociedade, de maneira sadia para superar as barbáries da vida moderna.
     Arlinda Garcia de Oliveira Marques me conheceu há mais de dez anos, quando eu me enveredava pelos meandros da literariedade, sem pretensão de ser escritora e tão pouco, editora. Daí é que surgem a admiração e o amor que passei a cultivar pela amiga e escritora Arlinda, a qual contribuiu para eu ser o que sou, sempre respeitando as minhas escolhas e me incentivando a seguir o caminho do bem.
Agradeço à Arlinda pelo privilégio que me ofereceu por meio dessa edição de Lila, pelo aprendizado, pela amizade e por tudo o que esta vida ainda nos reserva.

* A autora é professora, escritora e editora

Primeira Antologia Poética do Prêmio Vinícius de Moraes


O Centro Cultural "Salvador Lopes" lançou em março de 2014 a antologia poética "Prêmio Vinícius de Moraes", pela CBJE (Câmara Brasileira de Jovens Escritores). O livro tem 64 páginas e conta com 30 poesias classificadas no concurso realizado em 2013, ano do centenário de Vinícius de Moraes. A antologia foi organizada e patrocinada por Nicolly Bueno. O lançamento será feito durante uma confraternização entre poetas, organizadores do prêmio e colaboradores.

Segundo Bueno, a organização da antologia foi um desafio prazeroso."Ao receber as inscrições deparamo-nos com sonhos distintos de poetas em busca de reconhecimento, valorização e divulgação de suas obras. As avaliações minuciosas e subjetivas da Comissão Julgadora e a classificação tão aguardada revelam-se uma surpresa que nos emociona e nos comove. Um misto de alegria e aperto no coração se misturam; afinal temos que premiar apenas três trabalhos e os demais, não menos importantes, acabam sendo eliminados pela força do regulamento do concurso. Para mim que iniciei a minha carreira literária participando de eventos do gênero, a responsabilidade com aqueles que não tiveram suas poesias premiadas torna-se ainda maior. Foi por este motivo que lançamos esta antologia poética, como uma maneira singela de valorizar uma boa parte dos trabalhos inscritos no “Prêmio Vinícius de Moraes 2013”.

O concurso de poesias foi organizado pelos membros da Academia Venceslauense de Letras, Aparecido de Melo, Ari Florentino da Silva, Nicolly Bueno, Ada Roque e Arlinda Garcia de Oliveira Marques. A Comissão Julgadora foi composta por Maria Antonia Soares, Ana Lucia Ferraz, Adriana Moreira da Cunha, Alberto Pimenta de Oliveira e Rubens Shirassu.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Livro: "Quando o amor supera a dor"

PRÉFACIO 

Professora Marilani Vanalli

“Gotas que curam e secam feridas
Brotam úmidas no peito e escorrem pelas faces
Em um olhar
Vivificam a alma, despertam-nos em lágrimas
E nos ensinam a amar
Tão somente a amar!”

(BUENO, Nicolly. Orvalho, 2010)
  
Prefaciar um livro de poesias da escritora venceslauense Nicolly Bueno, para mim é motivo de orgulho. Faz-me lembrar-me daquela aluna acanhada, porém avidamente leitora. O futuro que agora se faz presente, não poderia ser outro: a leitora converte-se em escritora.
Ao ler as poesias escritas por Bueno, vejo uma vida deitada no papel. Uma busca ensandecida de um eu lírico que não se satisfaz com o mínimo: deseja o máximo.
Um terreno poético invadido pelas verossimilhanças que se estabelecem nas fronteiras entre vida real e instância ficcional. São limites ínfimos, porém sublimes. Um quase toca o outro, num alcance extremo da criação. Uma poetisa e sua dor.
Verter palavras semântica e estilisticamente; qualidade artística e linguagem trabalhada em alcance polissêmico, projeta a estrada da multissignificação que o encantamento do texto literário de Bueno possui. Ela dialoga com o leitor e o transforma de leitor passivo em interlocutor ativo. Um co-produtor, de um texto a se produzir.
O véu ficcional que envolve as palavras pode ser descortinado pela leitura verticalizada e intertextual, num mergulho inigualável da ficção.
Derramar no papel discursos poetizantes como em “Beijos tácitos que minha boca calam! [...] Cacos desperdiçados que se juntam/Pelo chão.../Dão sentido maior” é navegar em águas profundas da sentimentalidade; do conhecimento surreal do ato de criar; escapar, mesmo que de forma fugaz, da rotina massacrante da realidade; é pescar ilusões.
O caminho é este... desvendar os mistérios que permeiam o meandros da literariedade, não é tarefa fácil.
Orgulho-me de você; do mergulho introspectivo e literário que realiza dentro do espaço da criação. Revela-se uma grande escritora aprendendo com/na vida, a sabedoria que cada um tem seu próprio tempo; um tempo diferente, mas comum a todos nós...


Marilani  S. Vanalli
Presidente Venceslau, Novembro de 2010.

Poesia: Meu mundo

Meu mundo é lindo e diferente.
Feito apenas de flores e de poesia...
Meu mundo é todo feito de harmonia.
Com borboletas coloridas a esvoaçar
E muitos pássaros a cantar...

Meu mundo é lindo e diferente,
sem ódios, sem mágoas e sem rancor.
Meu mundo é todo feito de amor,
com crianças a tagarelar...
E mãos amigas a se entrelaçar.

Meu mundo é lindo e diferente
Sem tristezas e sem preocupação...
Meu mundo é todo uma canção
de alegria e de felicidade,
de justiça e tranquilidade.

Arlinda Garcia de Oliveira Marques, página 146, "Pétalas ao Vento", 1979.


Deixa acontecer, de Vinícius de Moraes


"Ah..Não tente explicar
Nem se desculpar
Nem tente esconder
Se vem do coração
Não tem jeito, não
Deixa acontecer

O amor, essa força incontida,
Desarruma a cama e a vida
Nos fere, maltrata e seduz
É feito uma estrela cadente
Que risca o caminho da gente
Nos enche de força e de luz

Vai debochar da dor
Sem nenhum pudor
Nem medo qualquer
Ah...sendo por amor
Seja como for
E o que Deus quiser"

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Quanto vale uma ilusão?

Prefácio de Nicolly Bueno
Prefaciar o livro de Arlinda Garcia de Oliveira Marques é para mim um misto de orgulho e desafio. Sua obra “Quanto vale uma ilusão?” revela-se um importante instrumento para debates e reflexões sobre o fio condutor da narrativa que é o adultério feminino.
Em princípio, parece-nos tratar de um tema comum no cotidiano e na literatura, mas é completamente inovador no estilo artístico ficcional da autora. Ao abordar o adultério feminino na contemporaneidade logo nos vem
à mente a evolução da mulher e o seu novo papel social, notoriamente conquistado por meio das duras batalhas em busca da tão almejada igualdade de direitos. Por muito tempo, a mulher foi vista como um ser frágil, dependente
do homem, destinada a ser boa mãe e esposa. Arlinda dá voz à personagem principal Denise, a qual narra a obra, ora justificando suas atitudes, ora culpando-se pelos seus atos em busca da felicidade.
A narrativa em primeira pessoa confere uma veracidadeaos acontecimentos, fazendo de Denise uma mulher como tantas outras: casada, boa mãe, carente, cheia de desejos e insatisfeita com o casamento. Uma mulher humana, que almeja ser feliz e valorizada pelo marido.
A leitura deste romance vai se instalar imediatamente no contexto cultural onde cada leitor evolui, afirmando sua dimensão simbólica e agindo nos modelos do imaginário coletivo, independente de aceitá-los ou recusá-los.
Sendo assim, cabe ao leitor, analisar o enredo e julgar conforme os diferentes contextos sociais e históricos que o tema exige.
A obra de Arlinda não pode, de modo algum, ser reduzida a uma única interpretação em virtude da riqueza de acontecimentos e fatos sociais e psicológicos que merecem uma análise minuciosa antes de qualquer julgamento.
Ao se deparar com a vivência da personagem Denise, suas carências, seus desejos e suas necessidades emocionais, o leitor despertará interesse pelo destino da personagem confrontando a instância ficcional com situações davida real. Assim, terá a impressão de escapar de si próprio, se abrindo para a experiência do outro, tornando-a, por um instante, como legítima e verdadeira.
Não é possível julgar sem antes compreender, pois a avaliação moral não cabe quando avaliamos prejuízos emocionais. Denise abdicou da falsa sensação de vida perfeita ao lado do marido que lhe oferecia tudo materialmente,
libertou-se do rótulo de boa mãe e foi viver a mais tórrida paixão com o amante igualmente desejado por outras mulheres: bonito, carinhoso, romântico e
cheio de encantos. 
Para muitos Denise é apenas uma traidora infiel. Para outros ela é a representação da mulher livre de preconceitos, com autonomia suficiente para decidir a própria vida. No entanto, a surpresa está no desfecho do que deveria ser uma linda história de amor. 
Arlinda, entretanto, se desvencilha da missão de julgar a personagem, dando ao leitor o direito de perdoá-la ou até mesmo condená-la. De qualquer modo, a leitura deste livro nos faz repensar a dívida que a sociedade tem para com as mulheres. A obra requer que o leitor se despida de toda hipocrisia patriarcal, de toda moral machista culturalmente construída para engendrar no mundo feminino em sua totalidade, sem falsos moralismos ou conceitos pré-concebidos. Este livro é, por isso, instigante e profundamente controverso.

Violência contra a mulher tem perdão?

Nicolly Bueno*

       
  A violência, de modo geral, está tomando conta dos noticiários e, de certo modo, assustando a sociedade pela crueldade assistida, gratuitamente, em nossa própria residência. Repudio todos os atos violentos e contra a integridade física do ser humano, mas a violência contra a mulher tem me feito refletir muito sobre como a sociedade, em pleno século XXI, ainda continua machista e patriarcal. A historiadora e professora universitária Mary Del Priore, em entrevista para o site BBB Brasil disse que “o machismo no Brasil se deve muito às mulheres. São elas as transmissoras dos piores preconceitos. Na vida pública, elas têm um comportamento liberal, competitivo e aparentemente tolerante. Mas em casa, na vida privada, muitas não gostam que o marido lave a louça; se o filho leva um fora da namorada, a culpa é da menina; e ela própria gosta de ser chamada de tudo o que é comestível, como gostosa e docinho, compra revistas femininas que prometem emagrecimento rápido e formas de conquistar todos os homens do quarteirão. O que mais vemos, sobretudo nas classes menos educadas, é o machismo das nossas mulheres”.
            A “Lei Maria da Penha”, criada para proteger e aumentar o rigor sobre os crimes praticados contra a mulher garante em seu Art. 2o  que “toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social”.
            Segundo o Mapa da Violência 2015, dos 4.762 assassinatos de mulheres registrados em 2013 no Brasil, 50,3% foram cometidos por familiares, sendo que em 33,2% destes casos, o crime foi praticado pelo parceiro ou ex. Essas quase 5 mil mortes representam 13 homicídios femininos diários em 2013. Mas não se trata apenas de casos cruéis como assassinatos. A violência sofrida pelas mulheres pode ser verbal e/ou física. São agressões aviltantes, praticadas por homens machistas, sem argumentos para o diálogo e sem condições psicológicas para resolver um conflito sem agressividade.
            O amor e o perdão são duas virtudes ensinadas por diversas religiões. Mas me pergunto se seria possível perdoar um agressor por amor ou se seria possível amar mesmo depois de sofrer uma violência. Jamais discutiria tais questões que envolvem educação familiar, cultura e religião.
            O homem agressor não pode se sentir no direito de agredir a mulher por nenhum motivo. Não há justificativa para um ato de violência. Considero covardia uma pessoa descontrolada emocionalmente usar a força para impor a sua decisão, opinião ou desejos. A mulher conquistou sua liberdade no mercado de trabalho e não pode ser submissa no lar ou em qualquer tipo de relacionamento. Perdoar uma agressão seria o mesmo que dar o direito ao homem de repetir o mesmo ato quando lhe for conveniente. Para a violência existem denuncia e leis. A dor de um ato agressivo fere não apenas a integridade física da mulher, mas, sobretudo, a psicológica, e creio que se existir amor pelo agressor, a dor é ainda maior. Mesmo assim, as mulheres devem denunciar, buscar amparo legal e exigir a punição adequada.
            Agressividade não resolve conflitos em relacionamentos ou na vida social. Se não existe diálogo e respeito não é possível que possa existir perdão. Raramente o agressor se arrepende de seus atos e nos casos de assassinatos, o arrependimento não devolve a vida à vítima. Portanto, violência contra mulher a não tem perdão, mas tem sim justiça!

  • A autora é professora, escritora e membro da Academia Venceslauense de Letras

Alma Poética, recitada por Fábio Fogo


II Antologia Poética do Prêmio Vinícius de Moraes lançada em 2015

Por Nicolly Bueno

“E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude”.
(Vinícius de Moraes)

Reverenciar Vinícius de Moraes, nosso “poetinha” brasileiro que fez da própria vida e do seu próprio tempo, princípios norteadores da sua trajetória como exemplo de plenitude humana é, para nós, honra e glória.
Honra em tê-lo como referência de alguém que não teve medo de amar, de sofrer, nem tampouco de se aventurar. Uma aventura que se tornou sinônimo de coragem em expressar sentimentos ambíguos, subversivos e completamente contraditórios. Sentimentos tais que o fizeram eterno poeta dos versos e da alma que ele mesmo desconhecia.
Glória por nos ensinar que a vida nada mais é do que esta excitante ventura em busca da sonhada felicidade a que todos nós almejamos. Felicidade que deixamos de lado quando o medo é maior que a ousadia de se viver o que cultivamos dentro de nós. Vinícius de Moraes era autêntico, polêmico, às vezes, impetuoso com suas virtudes, sua realidade e o seu jeito singular de ser o que sempre foi: um boêmio legítimo avesso à moralidade social.
Esta segunda antologia poética do Concurso de Poesias – Prêmio Vinícius de Moraes só foi possível devido ao apoio incondicional dos meus amigos acadêmicos Aparecido de Melo, Ada Roque, Ari Florentino da Silva e Arlinda Garcia de Oliveira Marques. Escritores que sempre dão vida aos meus sonhos, compartilhando ideias, incentivando-me a prosseguir neste caminho ingríme, porém, imensamente gratificante.
Nossa gratidão se estende, ainda, ao prefeito Jorge Duran Gonçalez e ao secretário de educação Sebastião Erculiani, ambos colaboradores do nosso trabalho.
Aos poetas desta Antologia deixamos o nosso incentivo, o nosso carinho, respeito e principalmente a nossa alegria em proporcionar este reconhecimento e a valorização do talento de cada um. Que seus versos sejam infinitos, tanto quanto o amor que todos cultivam pela nobre arte de compor versos, de expressar sentimentos e desnudar a alma humana.
Neste livro estamos dando vida ao que cada poeta sentiu, pensou, viveu... Uma missão difícil no sentido de não deixar de lado o que é essencial de acordo com a sensibilidade poética de cada participante. Aqui não existem vencedores, pois todos souberam se destacar por suas singularidades, seu modo especial de olhar o mundo, recriá-lo e de nos oferecer de modo tão sublime a poesia como humanização social.
Enquanto integrante da Comissão Organizadora nosso desejo é o de contar com a participação de todos novamente no III Prêmio Vinícius de Moraes, edição 2015.
Que o amor do nosso poetinha Vinícius de Moraes nos sirva de inspiração, encorajamento e pleno deleite da arte de viver a vida como ela sempre deve ser vivida: intensa e infinitamente enquanto dure.

Obrigada a todos!

Thalia - Vuélveme a Querer (Letra Tradução - PT)


LILA: o primeiro romance da Editora Nicolly Bueno

O ROMANCE LILA

Autora: Arlinda Garcia de Oliveira Marques

O DOCE E O AMARGO
                 
Por Caio Porfírio Carneiro

Este livro é uma comovente história de família. E mais que isto, é um exemplo vivo de boa conduta humana. E mais ainda, é, pelo enfoque sociológico e diria mesmo filosófico. Um excelente roteiro paradidático de como se viver e  saber enfrentar um mundo conturbado como este.
O universo de Lila e seus familiares não difere em essência. Um casal luta e cria bem os filhos e eles vencem na vida. Este o apanágio. Esta cena. Mas o fulcro da história se desloca, imperceptivelmente, para Lila, e dela, fundamentalmente, para os problemas sociais que enfrenta  e por eles luta e os soluciona.

Temos então um romance em três patamares sutis: a família e seu pequeno mundo, Lila e seu mundo interior e suas preocupações, e os descobrimentos sociais que a cercam.
O livro tornou-se então rico de ações paralelas que se separam e se entrelaçam, mostram-se a um só tempo difusos e concêntricos. Porque se temos aqui a amenidade familiar, o corriqueiro de cada dia, o exemplo dignificante de pais que sabem criar os filhos, temos igualdade, em escala paralela, a denúncia social e o apelo para bem solucioná-la.
A par disto, Arlinda Garcia de Oliveira Marques usa de linguagem simples. Coloquial. Amena, liberta de arabecos literários. Os diálogos são essências e oportunos, e a trama, aparentemente fácil, é o seu tanto completa dado o número grande de personagens que vivem a história e se conduzem nela com seus próprios pés.
É um romance que comove e que educa, sem pretensão doutoral, mas com aquela acuidade de valor e intenção sub-reptícia que só o bom ficcionista sabe dar.
Por tais méritos, Lilá é livro que se lê com agrado e se daí dele com amor todo especial para rica e dinâmica personagem e com a mão na consciência pela existência de tantas chagas sociais, das quais nem damos tanta conta, mas Lila nos soube abrir os olhos para elas.
O leitor verá, neste belo livro, o doce da vida e o reverso da medalha.

            Bastará lê-lo para tirar a prova.

Editora Nicolly Bueno

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