Nicolly Bueno

Nicolly Bueno
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Livro: "Quando o amor supera a dor"

PRÉFACIO 

Professora Marilani Vanalli

“Gotas que curam e secam feridas
Brotam úmidas no peito e escorrem pelas faces
Em um olhar
Vivificam a alma, despertam-nos em lágrimas
E nos ensinam a amar
Tão somente a amar!”

(BUENO, Nicolly. Orvalho, 2010)
  
Prefaciar um livro de poesias da escritora venceslauense Nicolly Bueno, para mim é motivo de orgulho. Faz-me lembrar-me daquela aluna acanhada, porém avidamente leitora. O futuro que agora se faz presente, não poderia ser outro: a leitora converte-se em escritora.
Ao ler as poesias escritas por Bueno, vejo uma vida deitada no papel. Uma busca ensandecida de um eu lírico que não se satisfaz com o mínimo: deseja o máximo.
Um terreno poético invadido pelas verossimilhanças que se estabelecem nas fronteiras entre vida real e instância ficcional. São limites ínfimos, porém sublimes. Um quase toca o outro, num alcance extremo da criação. Uma poetisa e sua dor.
Verter palavras semântica e estilisticamente; qualidade artística e linguagem trabalhada em alcance polissêmico, projeta a estrada da multissignificação que o encantamento do texto literário de Bueno possui. Ela dialoga com o leitor e o transforma de leitor passivo em interlocutor ativo. Um co-produtor, de um texto a se produzir.
O véu ficcional que envolve as palavras pode ser descortinado pela leitura verticalizada e intertextual, num mergulho inigualável da ficção.
Derramar no papel discursos poetizantes como em “Beijos tácitos que minha boca calam! [...] Cacos desperdiçados que se juntam/Pelo chão.../Dão sentido maior” é navegar em águas profundas da sentimentalidade; do conhecimento surreal do ato de criar; escapar, mesmo que de forma fugaz, da rotina massacrante da realidade; é pescar ilusões.
O caminho é este... desvendar os mistérios que permeiam o meandros da literariedade, não é tarefa fácil.
Orgulho-me de você; do mergulho introspectivo e literário que realiza dentro do espaço da criação. Revela-se uma grande escritora aprendendo com/na vida, a sabedoria que cada um tem seu próprio tempo; um tempo diferente, mas comum a todos nós...


Marilani  S. Vanalli
Presidente Venceslau, Novembro de 2010.

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